14 de março de 2011

Carnaval!

















O post já vem com o atraso de uma semana, mas Carnaval é quando um  homem quiser, e o mesmo se aplica para se falar dele.
Deliro com o Carnaval. Lembro-me perfeitamente da primeira vez que me mascarei, tinha 4 anos. A minha mãe perguntou-nos se nos queríamos mascarar e nós respondemos logo que não, como fazíamos com tudo o que era novo e não percebíamos. Ela não insistiu muito, não acha piada nenhuma a estas coisas. Nas vésperas de Carnaval é que começámos a berrar, que nos queríamos mascarar, e porque não sabíamos que era assim, queríamos estar igual a toda a gente blá blá blá e ela coitada lá desenrascou uma india e uma dançarina de flamenco (vulgo espanhola). E a partir daí nunca mais parou.
O que é estranho é que na minha família ninguém liga importância ao Carnaval, excepção feita à minha avó e a mim. Já me mascarei de tudo e mais alguma coisa: Minnie, Mulher do Drácula (Draculina), Noivo (fiz par com a Alexandra - e ainda hoje não sei como a convenci), princesa com varicela (a varicela não era máscara), Dama Antiga, Maria da Fonte, Natacha Roxane Gagarin (uma longa história)... enfim. Este ano, foi a vez de Noiva Cadáver. Com o vestido da minha mãe, lábios pretos e umas olheiras pintadas à pressa (aliás, tudo nesta máscara foi à pressa). Para segunda-feira à noite (isto foi só festas), para não ir igual, levei uma antiga máscara de princesa medieval (há coisas boas em não se crescer desde os 11 anos), uma coroa colada com fita adesiva (mal cheguei a casa, parti-a), maquilhagem assustadora, uma cesta de maçãs e de repente era a Bruxa Má da Branca de Neve, uma personagem que sempre me fascinou. Pena não ter arranjado nenhum espelho de mão, de preferência falador...
Por enquanto, ainda não fico (demasiado) ridícula mascarada. Apesar de haver momentos constragedores - como o miúdo que só conseguiu passar por mim ao colo do pai (e a chorar) e mascararmo-nos porque os meus primos vinham passar a tarde connosco e era giro estarmos mascaradas também e os miúdos acabarem por vir à civil. Esta juventude já não é o que era! O que será que fazem às criancinhas de hoje em dia?!
Acho que não imagino um Carnaval sem estar mascarada. Não consigo. Acho que vou ter 80 anos e ainda vou andar por aí de bochechas pintadas e vestimentas duvidosas nesta altura do ano. Ou então pode ser que acabe por me fartar, ou ficar chata, ou então ganhar vergonha na cara. Os milagres acontecem... 
Por enquanto, vão ter de me aturar cá em casa. Já estou a engrendrar a vestimenta do ano que vem...

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