29 de dezembro de 2013

Tenho um leitor de DVD!!!

As minhas preces foram ouvidas! Dia 25, ao chegar a casa, tinha uma tv nova (que dá para pôr uma pen atrás, OMG OMG!) e um leitor de DVD's que lê também VHS :D :D :D

É assim, mais coisa menos coisa. Não reparei na marca, que para mim é tudo igual!

Passei de não ter nada para ter tudo. Como disse um amigo meu, aterrei finalmente no séx. XXI!

Não consigo conter o meu entusiasmo! Mas logo a pouca sorte de estar atolada em coisas para fazer (nas quais se inclui a preparação de 5 exames) e não puder matar as saudades das minhas cassetes à vontade! Apetece-me pegar na coleção da Heidi e ir da primeira à última.E fazer o mesmo com a coleção do Marco. E das histórias da Bíblia para Crianças. E revoltar os armários à procura do Corcunda de Notre Dame, que não encontro em lado nenhum.

My precious!
Como isso não pode ser, contento-me em ver as coisas às prestações. Assim, já vi a cassete da minha Primeira Comunhão (éramos tão fofinhas! E a quantidade de gente conhecida que se vê por lá, que na altura ainda era desconhecida?), de Fátima (um filme com a Catarina Furtado e o Diogo Infante) e o primeiro episódio da Heidi e do Marco. O Jardim Secreto, o meu filme favorito de todos os tempo, está para breve.

Esta é capaz de ter sido a melhor prenda de todos os tempos.

Tão lindos *.*


8 de dezembro de 2013

The object of mt affection - Muito mais que amigos


Sábado à noite. 22h. Eu e a minha mãe sozinhas em casa, em modo "forever alone", ainda a recuperar psicologicamente de uma ida à Primark (compras de Natal) ao fim-de-semana (não aconselho). Apetecia-me ver um filme, mas CONTINUO SEM TER DVD e sem uma TV que se possa ligar a pen.

Não, ainda não mora um destes cá em casa!
Subitamente, lembrei-me que à tarde tinha dado na FoxLife o filme "Quatro Casamentos e um Funeral". Muito recente, eu sei, mas tem o Hugh Grant! Nunca me canso de ver filmes do Hugh Grant. A minha mãe, infelizmente, não partilha a mesma opinião, portanto fui ver os filmes que tinham dado durante a semana na FoxLife. Mortes, feridos, um filme de terror, adaptação de um Nicholas Sparks (blhac) e este. Fui ver à descrição: "Blá blá blá amigo gay blá blá blá amiga grávida blá blá blá" e a minha mãe. "ó Ana, este deve ser giro! E tu gostas de coisas sobre gays!".

E eu gosto, é verdade. Mas não filmes! Normalmente, quando fazem um filme em que é suposto as personagens serem homossexuais (exceção feita a Maurice, obviamente, que eu adoro aquele filme! E ainda por cima tem o Hugh Grant *.* ) são sempre uma atrocidade. As mulheres são todas representadas como machonas e os homens todos abichanados. Ou então a história é merdosa, como em Brokeback Mountain. Enfim.

Às vezes acho que a minha família me vê assim. 

Mas neste filme contraria a tendência. Já é antigo (1998) mas ainda se vê muito bem. A história é sobre uma mulher, a Nina (Jennifer Anniston) que se apaixona pelo seu melhor amigo e colega de casa - mas que infelizmente é gay - George (Paul Rudd). Entretanto fica grávida do namorado (que entretanto também se torna ex-namorado) Vince (John Pankow), e decidem entre os dois criar uma família moderna, dois amigos que moram juntos a criarem um bebé. 


A história a certa altura começa a parecer tão fantasiosa que não me admiraria que a meio do filme nascessem umas asas às personagens e elas começassem a voar. Sei que durante metade do filme na minha cabeça só se ouvia "Não acredito nisto...", "Não percebo nada disto..." e "WTF?!..." Mas não deixa de ser bastante tocante (eu sou uma lamechas no que toca a filmes sobre a amizade, também adoro O Casamento do Meu Melhor Amigo...) e gostei muito do final. E gostei especialmente do sentido de humor ao longo de todo o filme, já para não falar das personagens não estereotipadas, que é sempre um aspeto refrescante. Tem cenas muito engraçadas, e todas as personagens estão bem construídas e com relativa complexidade. 


Enfim, gostei! Aqui vai o trailer:


6 de dezembro de 2013

Red Lipstick Day


Digo a brincar que tenho um homem interior (um homem gay!). Gosto de usar vestidos, cozinhar e costurar, mas depois acabam-se todos os estereótipos femininos (também não gosto de futebol, vá, e não sei pregar pregos na parede. Nem abrir frascos. Essas coisas). Não uso brincos, salvo ocasiões especiais ou quando o furo está na iminência de fechar, estou sempre despenteada, estou sempre a cair e não sei andar como uma senhora, não falo como devo ser, tenho risos estridentes, não pinto as unhas, não corto cutículas, nunca fui a nenhuma manicure ou pedicure, não gosto de saltos altos, sou a favor da redução da depilação ao mínimo essencial, não pinto o cabelo, não faço madeixas e, acima de tudo, abomino maquilhagem.

O meu estojo de maquilhagem (estojo, lol, está tudo ao molho numa gaveta) reduz-se a base, pó e eyeliner. Fim. Também tenho um lip gloss (mas que raramente uso) e ponho batom do cieiro com regularidade, mas isso não sei se conta. Por isso, quando a Lénia, do blogue not so fast lançou o desafio do Red Lipstick Day (informações aqui e aqui) não pude participar: não tinha batom de espécie alguma, quanto mais batom vermelho! Mas durante este mês tratei disso, chateei até à exaustão as colegas da faculdade para aderirem ao dia e pronto, pus batom vermelho!!!

É incrível a mudança que um simples batom faz numa pessoa, aquilo parece a capa do super homem, a gente põe e sente-se outra. Até parece que caminhamos mais direitas. No inicio do dia estranhei, parecia uma prostituta, "onde é que já se viu uma mulher gorda curvilínea, baixa a roçar o anã, com a cara cheia de borbulhas, ter a lata de pintar a boca de vermelho, devo estar maluca da cabeça..." mas pronto, lá venci a voz interior e saí à rua.

Adorei a experiência. Tive a confiança nos píncaros o dia inteiro. Não sei se fiquei mais bonita, mas senti-me mais bonita. Senti-me bonita, aliás. Sem o mais. Não é que normalmente me sinta feia, nada disso, mas no dia-a-dia acho que ando sempre a roçar o normal. Também com semanas tão cansativas a verdade é que não resta grande tempo para divagações se nos achamos bonitas ou feias... E ao fim do dia, com olheiras até ao umbigo e cabelo desgrenhado, a babar-me enquanto durmo no comboio, duvido muito que esteja atraente!

A repetir. Todos os meses. Talvez até mais do que apenas na primeira sexta-feira de cada mês. Quem alinha???


Nunca tirem fotos de manhã. Os olhos inchados de sono não são fotogénicos

Nem acredito que consegui convencer algumas colegas a aderir! Sou a de casaco cinzento.

2 de dezembro de 2013

Os sonhos do mês voltaram!

Vou tentar ser fiel e escrever os meus sonhos do mês de Dezembro. Se forem tão abundantes e cómicos como os que tive durante o mês de Novembro, vai ser uma experiência interessante!


17 de novembro de 2013

O Mestrado


Quando entrei para a faculdade não me imaginava como psicóloga. Era apenas uma pessoa que gostava muito de psicologia, e que apesar de se ver noutras profissões (enologia, por ex.!), o facto mesmo é que estava completamente apaixonada sobre os temas relacionados com o mundo mental. 
E ainda estou, na verdade. E cada vez mais. Gostei muito do curso, mas no ultimo ano (principalmente devido à alteração do plano de estudos) estava mais desmotivada. Também não me imaginava a dar consultas. Gostava de psicologia, mas queria ter um papel mais direto na promoção da saúde, não queria só "tratar doenças". Também não achava que o individuo devia ser encarado isoladamente, mas sim de uma forma sistémica. E queria estar no campo, "onde as coisas acontecem", e não apenas fechada num consultório - por isso, a escolha do mestrado foi das decisões mais fáceis que já tomei. 

Visão sistémica.
E o mestrado é completamente diferente. Levantar-me às 7h da manhã custa menos porque sei que me esperam aulas entusiasmantes. Daquelas que dão vontade de me formar amanhã e começar logo a trabalhar. E trabalhos como o que estive a fazer hoje (que começa a ganhar forma), com temas que me dão vontade de fazer mestrado, doutoramento, pós-graduações e tudo o mais que houver, e que me fazem sentir que sou capaz de mudar o mundo.  E que me fazem sonhar com o estágio curricular, com o estágio profissional (sim, sou doida ao ponto de já ter pensado no sitio!), com o meu trabalho. Mas que também me fazem sentir insegura ao tomar consciência do pouco que sei e do quanto me falta aprender. 


Antigamente preocupava-me com as notas, com a média, com a época de exames. Neste momento, apesar de ainda serem preocupações relevantes, estão a ser ultrapassadas por preocupações muito mais reais, como por exemplo "e se eu não tiver jeito?", "e se eu for uma péssima psicóloga?", "e se prejudicar alguém?" e, não menos importante, "e se não arranjar emprego?". 

Estou a aproveitar o momento, mas a verdade é que mal posso esperar :)




13 de novembro de 2013

Aceitam-se currículos - a minha lista de marido ideal

A minha bisavó diz-me muita vez (ainda me disse no sábado) que eu nunca me vou casar porque sou muito esquisita e que por isso estou condenada à solteirise inveterada, trinta gatos e tudo o mais incluído no pacote. 

Eu, segundo imagina a minha bisavó. 
A verdade é que não é algo que eu queira: sim, gostava de encontrar alguém que durasse o resto da minha vida toda. Acredito nos relacionamentos para toda a vida e não vejo mal nenhum em querer isso para mim. Sempre me pareceu muito parvo e hipócrita as mariquices de algumas mulheres que põem no facebook (e criam páginas, senhores!) sobre os homens serem assim e assado, e que estar solteira é que é bom, que nunca vão querer casar na vida, que isto e mais aquilo e depois a grande maioria vai-se a ver e chora todos os dias com a cabeça enterrada na almofada.


E para quem acha que não, que me diga, explicitamente e do fundo do coração, que quer acabar sozinha(o). Se houver alguém que pensa assim, que diga sem medos - mas dificilmente eu acreditarei.


Mas principalmente desde que entrei para o mestrado, e principalmente às segundas-feiras (em que tenho Mediação Familiar - divórcios e tal) e oiço às vezes coisas impensáveis de serem feitas e ditas a um ser humano, quanto mais a um ser humano que um dia se amou, chego mesmo à conclusão que posso querer arranjar alguém para a minha vida, mas que mais vale só que mal acompanhada.

Não quero isto, obrigada.
E foi assim que cheguei à conclusão que, apesar de não querer, não tenho medo de acabar sozinha. Que, mais do que me medo de ficar sozinha, tenho um terrível pavor de um dia acordar e perguntar a mim própria "O que fui eu fazer? Foi este o homem com quem casei???". Às vezes sonho que me estou a casar com alguém que não conheço, e acordo a tremer, alagada em transpiração - eu quero alguém muito especial, não quero um qualquer e muito menos um desconhecido!

Tipo, not.

Por isso a minha avó tem razão - sou esquisitinha. Mas esperançosa: por contra o que a minha amiga Ana me disse para não fazer nunca, jamais, em tempo algum, vou fazer a minha...



Lista de marido ideal:
  1. Goste de fazer massagens mas não goste muito de as receber
  2. Cheire bem
  3. Saiba dançar
  4. Goste de gatos
  5. Goste de cobras
  6. Goste de bichinho de conta e joaninhas
  7. Queira ter filhos (mas não mais de dois)
  8. Goste de viajar
  9. Goste de jogar às cartas e jogos de tabuleiro mas não me chateie se fizer jogadas burras.
  10. Não ressone ou faça barulhinhos a respirar enquanto dorme
  11. Goste de ler
  12. Goste de estar em silêncio e não se sentir desconfortável com ele 
  13. Goste de falar
  14. Tenha sentido de humor (mas não dizer gracinhas de propósito)
  15. Não se canse facilmente
  16. Goste de ir comprar roupa (assim compra a minha e eu escuso de voltar às compras na minha vida!)
  17. Não goste de cozinhar (a cozinha é MINHA!)
  18. Goste de limpar e arrumar, mas não seja obcecado com as limpezas - toda a gente sabe que alguma vitamina M é essencial a uma vida saudável.
  19. Não tenha mimimis para se sentar na relva, que adopte a regra dos 5 segundos quando alguma coisa comestível cai ao chão e consiga improvisar uma colher com a tampa do iogurte - e outras coisas do género.
  20. Não seja esquisito com a comida e gostar de experimentar novos alimentos.
  21. Goste de usar camisolas de lã no inverno 
  22. Seja desenrascado
  23. Não ache foleiro os meus post-its no espelho da casa de banho, com palavras fofinhas de bom dia.
  24. Não me faça surpresas que envolvam mais pessoas que eu e ele
  25. Adore as minhas manias
  26. Não tenha medo por eu ser sonâmbula
  27. Que goste de discutir as coisas em que não estivermos de acordo
  28. Que não saia de casa sem me dar um beijo (se for na testa, tanto melhor).
  29. Que goste de abraços
  30. Que diga que gosta de mim pelo menos uma vez por dia
  31. Que me faça sentir bonita e que me ache sexy mesmo de pijama polar e pantufas com bonecos
  32. Que não tenha preguiça ou medo de trabalhar seja no que for
  33. Que saiba pregar um parafuso, mudar uma lâmpada, pintar uma parede, mudar um pneu - coisas assim.
  34. Que me consiga abrir os frascos
  35. Goste de grandes passeios ao ar livre
  36. Goste de viajar, mesmo por Portugal a fora
  37. Não goste (ou não gostar muito...) de praia
  38. Não tenha complexos por ser gordo, magro, vesgo, coxo - eu não quero mesmo saber. A sério!
  39. Acredite na fidelidade e na monogamia
  40. Que não ligue muito a telemóveis, computadores e coisas estranhas touch 
  41. Que goste de ver filmes de todos os géneros, incluindo (e principalmente!) os de animação.
  42. Que me faça companhia ao serão - cartas, filmes, massagens, etc. em vez de computador, facebook, trabalho e outras m*****.
  43. Que não seja workhaolic 
  44. Não precisa ser nenhum Einstein mas precisa de conseguir manter uma conversa acerca de temas interessantes e desconhecidos para mim, e que perceba as minhas piadas que incluam algumas coisas de cultura geral.  
  45. Que goste das minhas futuras tatuagens, inclusivamente aquela do Harry Potter que quero fazer
  46. Que tenha uma mãe simpática e pouco controladora
  47. Que goste dos meus amigos
  48. Que queira partilhar os seus amigos comigo
  49. Que eu goste dos seus amigos
  50. Que seja meu amigo

* lista em expansão...*

Fator eliminatório:
  • Não posso estar apaixonada por ele, nem ele estar apaixonado por mim (ninguém toma decisões acertadas apaixonada, mas também a paixão dura 18 meses no máximo, é questão de esperar).

Em caso de empate, vou privilegiar:
  • Pêlos no peito, especialmente se fizerem um carreiro no umbigo *.*
  • Ter olhos amendoados ("à chinês")
  • Ser ruivo
  • Ter sardas ou muitos sinais
  • Ter os olhos escuros
  • Gostar de palavras cruzadas
  • Tenha uma religião
  • Tenha os dentes direitinhos

Aceitam-se currículos. Não necessita fotografia.

8 de novembro de 2013

A Vida de Pi




Nunca pensei proferir (ou escrever...) estas palavras, mas aconteceu: o meu livro preferido já não é o Fio da Navalha, foi destronado pel' A Vida de Pi. 

Até Março passado, não fazia ideia quem era o Pi, quanto mais o que era a vida dele. Mas o meu amigo Luis fez anos e fomos todos ao cinema ver a Vida de Pi.

Que se tornou um dos meus filmes preferidos de todo o sempre. Onde fiquei pregada à cadeira de tão fantástico que foi. Onde o tempo parou e fiquei completamente absorvida pelo filme, o que já não acontecia há anos. Fora a minha irmã, foi um filme que não foi muito apreciado pelos meus amigos, mas ficou num lugar bem especial do meu coração.


Como a terra do meu pai fica colada a Espanha e dali até Zamora é um saltinho, vamos sempre lá mais do que uma vez. É a única altura em que gosto de ir às compras, pois posso comprar coisas que não há cá (orchata, chá de menta e chocolate, bolinhos da Dulcesol...) e posso ficar meia hora (ou mais...) de volta dos livros de bolso. E olhem que na Espanha há imensoooos livros de bolso, é mesmo por cada livro editado sai uma versão em livro de bolso, muitas vezes a menos de metade do preço. E foi assim que o livro d'A Vida de Pi veio parar às minhas mãos.

Não sei o que possa dizer sobre este livro, a não ser pedir que o leiam! A história é sobre um rapaz indiano o Pi (com uma historia de nome muito engraçada!), cujo pai é dono de um Jardim Zoológico, que ao partir para o Canadá com a sua familia o barco afunda-se, ficando sozinho num barco salva vidas com um tigre de bengala. E mais alguns animais, ao inicio. O resto, vão ter de descobrir sozinhos.


A minha parte preferida? Não consigo escolher, mas gostei muito do inicio, quando PI quer integrar em si todas as religiões. Acho que me revi muito um bocado naquele rapazinho indiano que só quer amar Deus.

E pronto, é isto. Um livro profundo, sem pretensões, com uma linguagem muito simples, com uma narrativa leve e um sentido de humor apuradíssimo. De outra maneira não gostaria dele, se se pusesse a discorrer sobre o sentido da vida, se fosse moralista e se pusesse a brincar com as palavras, petulantemente, demorando uma página para dizer o que poderia ser dito numa linha. É um livro à minha maneira.

Leiam-no. E vejam o filme! E, pela primeira vez, a ordem pode ser ao acaso - não tira a magia nem do filme, nem do livro.


Mas continuo apaixonada pelo Fio da Navalha :)

2 de novembro de 2013

Tatá!

Isto está a tornar-se um hábito: fico mil anos sem escrever, volto a escrever dois ou três posts, volto a desaparecer outra vez. E isto passa de um blogue auto-centrado cheio de conversa de chacha para um blogue igualmente auto-centrado e cheio de conversa-de-chacha, mas de posts esporádicos. Com publicações mais ou menos com o mesmo intervalo que o aparecimento o cometa Halley...

31 de outubro de 2013

"estar casada é como um inesperado cheiro a frango assado à beira da estrada, como um pijama polar no inverno, como o cheiro a café e torradas de manhã"



29 de julho de 2013

Actividade onírica e Sonhos do Mês


Sou uma pessoa que sonha muito. Sonhos a dormir. Também durmo muito, o que parecendo que não tem a sua influência :P
Nunca liguei muita importância aos sonhos, afinal valem o que valem, é apenas a minha mente livre de condicionamentos e censuras a vomitar tudo e a tentar que tenha um sentido. Sonho a cores, normalmente vários sonhos por noite, é muito raro não me lembrar dos sonhos que tive e é muito raro também ter pesadelos. Bem como sonhos bons - os meus sonhos normalmente são intermédios, sem nada de especial, com coisas banais da minha vida ou, muito frequentemente, com pessoas desconhecidas e aspectos surrealistas.
Sonhos com monstros, fadas, e outras personagens sobrenaturais: acho que nunca tive. Nem quando era pequena. Nem com o Doraemon!
Uma vez falara-me do treino para se passar a ter "sonhos lúcidos". Ou seja, treinarmo-nos para, durante o sonho, repararmos que estamos a sonhar e conseguirmos modificar o sonho, ou acordar. Acho que é capaz de ser benéfico para quem tenha pesadelos recorrentes, ou pesadelos persistentes, mas para as pessoas normais não vejo benefícios. Quando sonho acho sempre que essa é a vida real, por mais estranho que o sonho esteja a ser e por mais bizarro que estejam os acontecimentos, e gosto que isso seja assim. Não teria graça nenhuma se fosse de outra maneira!
Eu e a minha irmã costumamos contar os sonhos bizarros e/ou engraçados uma à outra. E esta noite, e a outra, tive sonhos muito bizarros:

Não, não foi que estava nua.
Acho que nunca tive um sonho desses, apesar de ser um sonho relativamente comum!
O de há duas noites foi com um rapaz que evidenciava ter ascendência africana (posso dizer simplesmente preto, que é o termo que costumo usar e sem nenhum sentido pejorativo, a não ser quando digo mal de algum preto especifico, mas nessas alturas uso adjetivos muito mais pujantes que os referentes à cor da pele!). Era sem duvida o preto mais giro que alguma vez vi! Basicamente, o sonho era só isso. O preto de um lado para o outro, eu e o preto na marmelada. Mas nada hardcore, foi um sonho até muito inocente! Fim. --> Li nalgum lado que nunca sonhamos com rostos desconhecidos, por isso quero acreditar que anda por aí um preto sexy à minha espera. Vou ficar mais atenta no comboio!. 
O da noite passada foi com bebés. Bebés recém-nascidos, que não me deixavam dormir. Não paravam de chorar. E eu sem saber o que fazer aos bebés, e tinha tanto sono... E ainda por cima, tinham os berços no "quarto dos brinquedos", tão longe, e eu a pensar porque raio não enfiei os putos numa alcova no meu quarto, que seria muito mas prático. Acordei estafada.

Então lembrei-me: porque não assentar os meus sonhos durante um mês? Daqui a uns tempos (dois dias, no máximo) esquecê-los-ia para todo o sempre e parece ser uma coisa gira de se fazer, para pessoas meio loucas (como eu!) mais tarde recordarem. Podia dizer que tinha a ver com psicologia e tal, e que queria verificar qualquer coisa super interessante e obscura, uma estereotipo qualquer psicologico, mas seria mentira. Vai ser só, e somente, para me divertir.


Então, a partir de hoje, vai haver também um separador com o tema "Sonhos do Mês". Convido toda a gente a partilhar também sonhos interessantes, e durante este mês, haver aqui uma espécie de "tertúlia dos sonhos". A maioria de nós deve estar de férias, tem mais tempo para dormir e, portanto, mais sonhos terá!




18 de julho de 2013

Milk


Todos já sabem o quanto odeio ver filmes no computador, e a pena que tenho de não ter um leitor de DVD ou uma TV com entrada USB para puder ver filmes na televisão. Dêem-me pipocas, um sofá, uma tv e um filme interessante (e, de preferência, uma companhia pouco faladora, que odeio conversas a meio dos filmes!) e sou uma mulher feliz.
Como aderimos àquilo da fibra da zon ou lá o que é (o que significa para mim: posso ver coisas de até uma semana atrás) posso simplesmente refastelar-me no sofá e escolher um filme de jeito que tenha dado no Hollywood ou na Fox Movies durante a ultima semana. O que, sejamos sinceros, não é muito fácil, aquilo às vezes parece o desfile dos tristes...
E assim, esta semana já vi o Milk e o Ensaio sobre a Cegueira (também vi os Amigos Improváveis, mas porque havia uma promoção em que dava para inserir um código e podíamos alugar um filme gratuitamente). O primeiro foi o Milk.

Aqui está um trailer como eu gosto: curto e sem revelar demasiado sobre o filme!

Confesso que nesse dia nem estava muito para aí virada, queria era um pretexto para comer pipocas XD Por isso, foi a minha irmã a escolher o filme, disse que já tinha visto umas partes e que parecia interessante. E ainda bem, porque as pipocas queimaram-se, mas o filme valeu a pena! 

Não ficaram assim, mas pouco faltou!
Até o filme começar, pensava que ia ser um filme de comédia, mas como começa com a morte da personagem principal (não estou a ser spoiler, está logo ao inicio e além do mais está a história do homem na wikipédia) vi logo que não ia ser bem assim. 
Mas vamos ao filme: basicamente, é a história de Harvey Milk, um ativista dos anos 70 pelos direitos dos homossexuais e eleito supervisor da cidade de S. Francisco (o primeiro homem homossexual a ser eleito a um cargo público na Califórnia, segundo a wikipédia).  A trama desenrola-se no relato do próprio Milk, que decide gravar a sua história numa cassete para o caso de ser assassinado (o que acontece). Aos 40 anos, Milk muda-se com o companheiro Scott para a Rua Castro (que tinha uma grande concentração de homossexuais, vindos de vários pontos do país), em S. Francisco, onde abrem uma loja de fotografia. 

James Franco, giro e sexy, que faz de Scott Smith, o companheiro de Milk. Digam lá se não é para nos torturar! 
Milk tinha como objetivo os iguais direitos das minorias sociais e marginalizados pela sociedade (não apenas homossexuais, mas também negros e mulheres) e a história do filme é a história do movimento gay, iniciado por ele (principalmente contra as campanhas de Anita Bryant e John Briggs)
Entretanto pesquisei mais umas coisas na internet e a realidade ainda foi pior que no filme, há coisas que quase custa a crer que aconteceram nos Estados Unidos e já nos anos 70 (!). Faz-nos pensar que, apesar do quanto ainda falta fazer no campo dos direitos dos homossexuais, ao menos os professores já não são impedidos de ensinar nem as pessoas são presas ou mortas pela policia. Foi uma grande evolução para tão pouco tempo, é de notar. Em Portugal, ainda não podem adoptar (a co-adopção não conta, é apenas uma cantiga para se ir enrolando este assunto, "ó para nós que ainda não fizemos nada mas que parece que já fizemos alguma coisa") mas ao menos já podem dormir relativamente descansados.

Anita Bryant, a brilhar na sua campanha "Save our children". Hunf. Ainda por cima chamava-se Anita ! Segundo algures na net, foi ela que proferiu frases profundíssimas  tais como "Se a homossexualidade fosse normal, Deus teria criado Adão e Ivo" 

Harvey Milk todo florido na vida real, Harvey Milk todo florido no filme
Agora a minha opinião: para quem se interesse pela história do movimento gay e deste género de temas (como eu!) vai gostar muito. Vale a pena pela parte do fim, pelas palavras finais de Milk (que não vou dizer aqui, é surpresa para quem quiser ver!). Mas quem não liga a importância a estes aspectos mais históricos, se calhar vai passar grande parte do filme a bocejar e é melhor ver outra coisa. Como o Ensaio sobre a Cegueira ou os Amigos Improváveis, de que falarei a seguir.

Harvey Milk il même, na sua campanha para supervisor de S. Francisco
E desse lado, quem já viu?

14 de julho de 2013

Façam-me rir, senhores, façam-me rir.




"Eu, por exemplo, só tenho por amigos aqueles que possuem senso de humor. Não importa serem ricos, pobres, doutos ou ignorantes. Interessa o espírito fantástico, o amora da pieutea, o espírito diligente e capaz do riso. O riso (...) é o que me liga seriamente às pessoas"
Agustina Bessa-Luis

Afinal não sou só eu.
Façam-me rir e já me conquistaram. Sou assim, fácil. Todos dizem que as mulheres são complicadas e exigentes, mas eu sou uma das muitas excepções. 
Uma rapariga que ri sem medo de estar a ser ridícula, de ter coisas nos dentes, de ter o riso "feio" ou "estridente", fica instantaneamente encantadora; um rapaz que ri à gargalhada sem ligar aos "menos, menos" dos amigos sobe em flecha nos pontos da minha escala de sexiness interior. 
Uma pessoa que não ria ou sequer sorria e passe o tempo todo com cara de posta de pescada não tem valor nenhum para mim. Pode ser interessantíssima, ter dado a volta ao mundo, gostar das mesmas coisas que eu, falar com fluência e desembaraço sobre coisas interessantíssimas que não vou querer passar tempo com ela. Prefiro que seja ignorante, chata e calada, mas que saiba apreciar uma boa piada e que seja capaz de fazer um comentário sarcástico sobre qualquer coisa banal e corriqueira. Ou que simplesmente sorria com sinceridade e frequentemente.

E pronto, lembrei-me disto porque esta semana fui à Primark e achei o rapaz que nos atendeu extremamente giro. Depois comentei com a minha irmã, olhei melhor e vi que se calhar não só não era nada de especial, como também seria considerado feio pela maioria das pessoas que conheço. A única particularidade que tinha era que sorria muito. 
Se comentasse isso com a maioria das minhas amigas fariam pouco de mim. A minha irmã, por ser gémea e um prolongamento de mim, concordou inteiramente!

26 de junho de 2013

Procrastinação...

Tenho dois exames para a semana.
Um segunda e outro terça.

Ainda não decorei (não, não é saber: neste momento, as faculdades neste país apostam mais no decorar,  por isso temos de nos conformar) o modelo life-span para Psicologia do Envelhecimento, nem as diferenças entre a abordagem tradicional e a atual na Psic. Cog. Comp. Int. para Psicologia Clínica e da saúde, que estou a tentar decorar há uma eternidade mas entretanto já decorei dois fados novos (novos para mim!) sem ter feito nada para isso.

Enfim!

Aqui vai um deles, da Ana Moura, que apesar da letra deprimente (amores impossíveis não são propriamente razão de grandes animações) é um deprimente que eu gosto, com um certo humor. De momento, é um dos meus fados preferidos! 
Tanto que, depois de eternidades sem publicar nada, decidi partilhá-lo com vocês (mesmo que não gostem de fado, isto nem parece fado, a Ana Moura é mesmo assim...)


Aviões no céu a mil 
Banda larga em Arganil

Argonautas, foguetões 
Fogos fátuos e neutrões
Nitro, super, combustão 
Consta em Santa Comba Dão
Dão-se destas situações 
Milagres, aparições
Dava-se outro caso assim
E tu gostavas de mim



Pode um rebento em Belém 
Ser filho mas só da mãe
Multiplicação do pão 
Boavista campeão
Automóveis sem motor 
Motociclos a vapor
Se não tem divina mão 
E acontece tudo em vão
Dava-se outro caso assim
E tu gostavas de mim



Lei e ordem no Brasil 
Ciber-espaço em Contumil
Cães em naves espaciais 
Micro-chips em cães normais
Micro-sondas em Plutão 
Dentro da televisão
Situações paranormais 
Para nós mais que banais
Não era pedir demais
E tu gostavas de mim

22 de maio de 2013

Dia do Abraço!

Descobri à tarde, por uma amiga, que hoje se celebrou o dia do abraço e, claro, não podia deixar passar em branco o dia de uma das minhas atividades preferidas (a seguir a conversar!). 
Pouca coisa me sabe tão bem como um abraço, daqueles espontâneos, na altura certa e vindos de pessoas de quem eu gosto. Adoro quando os miudos começam a perceber a função social do miminho e do abraço e nos dão abraços espontâneos em vez de correrem no sentido oposto quando lhes perguntamos se lhes podemos dar um beijinho. 
Há toda uma palete de abraços à escolha, e eu sinceramente gosto de todos. Vi esta imagem há tempos numa página de banda desenhada (também tenho as minhas pancas) e achei que valia a pena encher mais um bocado o disco do meu pc guardando-a:


Com base nisto, decidi fazer uma lista dos meus 10 abraços preferidos ou que considero mais comuns e baptizá-los:

8 de maio de 2013

Miscelâneas incongruentes


A semana passada, vinha eu da biblioteca (descobri as alegrias de ter uma biblioteca ao pé de casa - livros gratuitos!) com os três livros que tinha escolhido para este mês na mão, quando reparei nos títulos:

- Caderno de Agosto, da Alice Vieira
- A arte de ser bom pai - cartas de Eça de Queiroz para os filhos
- Liza a pecadora, de Sommerset Maugham (tenho de trazer sempre um livro dele, acho que vou ler as suas obras todas de seguida até me enjoar).

O primeiro é um livro para crianças e pré-adolescentes (a Alice Vieira é a minha escritora preferida - tenho 20 anos, a caminho dos 21), o segundo uma compilação de algumas cartas do Eça para os filhos, com comentários de Beatriz Barrini e o terceiro, bem, o terceiro é o Maugham e nem preciso de explicar mais nada.
Parecem livros para pessoas diferentes, mas não, são todos para mim. 
Para a próxima, vou trazer o Anna Karenina, do Tolstoi, outro do Maugham e um livro da colecção "Profissão Adolescente", da Maria Teresa Maia Gonzalez (talvez o "Tão cedo Marta!", se estiver disponível...). 

6 de maio de 2013

Há dias felizes!


Não estava muito preocupada com o assunto, afinal não estava na "linha de fogo", mas foi um alívio saber que entrei para o mestrado que queria. Fiquei radiante :D 

É estranho. Parece que ainda ontem entrei para a faculdade e escrevi este post aqui. Não conhecia ainda quase ninguém, não tinha visto um único professor (real, o da aula fantasma não conta!), não tinha ido a uma única aula (a primeira seria segunda-feira, Biologia e Genética, ainda me lembro!). Estava entusiasmada por ir conhecer pessoas novas, por mudar de ares. Tinha a minha irmã e o meu melhor amigo mesmo ali ao lado (entretanto o cenário alterou-se...). Estava feliz.
Passados três anos, o balanço mantêm-se positivo. Muito positivo, até. Apesar deste semestre andar mais desmotivada (digamos que a reformulação do plano de estudos não foi o que eu estava à espera...), estou entusiasmada com o que vem aí. 
Apesar de serem assustadoras, continuo a gostar de mudanças. Estou mais que preparada para esta.
E, daqui a 2 anos, vai ser interessante ler este post outra vez. 
Desejem-me sorte!

27 de abril de 2013

Livro 2 - Anouska tem um medo que se pela por cavalos

Não sei precisar quando começou. Eu sei que é impossível alguém nascer com medo de cavalos, mas sinceramente, acho que é o meu caso! Os burros não entram nesta equação: os burros são fofinhos, eu meto-me em cima deles sem problemas e uma das melhores recordações que tenho da minha infância é pegar a boleia de todas as carroças que via passar na terra do meu avô. Os burros não contam.

24 de abril de 2013

Quando se faz o que se gosta...


... chega-se a casa com asas nos pés e cheia de ideias na cabeça para projectos futuros!


Adoro dias assim.
Deixem-me gozar desta sensação, que amanhã já passou tudo!


7 de abril de 2013

Voltar de férias...

Pois é, voltei! Duas semanas passaram num ápice, e amanhã lá voltou eu para as greves da cp, trabalhos da faculdade, aulas (umas secantes, outras interessantes!), correrias, enfim. Lá volto eu à minha vida.
Digo a toda a gente que gosto de viver onde moro (e é verdade!), mas adorava morar num lugar onde pudesse passear depois do jantar. É que apesar do frio que se fez sentir em Trás-os-Montes (ontem então nem se fala!) as caminhadas depois do jantar eram o ponto alto do dia. E depois de duas semanas rodeada por estas paisagens, quem é que se pode sentir feliz por voltar para um subúrbio lisboeta???








(as fotos são todas minhas, tiradas por mim nestas duas semanas)

Morasse eu mais perto... Assim, só em Agosto.
Estou deprimida!