29 de março de 2013

O discurso do rei

 
Devido a ter raptado levado por empréstimo o disco externo de um amigo (obrigada Hélder!), fiquei com uma autêntica legião de filmes para ver. Como os fieis seguidores deste blogue sabem, CONTINUO SEM TER DVD. Acho que a maldição dos DVD's se abateu sobre mim e já não há nada a fazer. Junta-se este facto ao facto de não ter uma televisão (em Lisboa, aqui na terra sim) daquelas que dá para pôr uma pen atrás, mais com o facto de não gostar de ver filmes no computador, acrescentado ainda ao facto de uma ida ao cinema estar escandalosamente cara, e o resultado é eu não ver nem metade dos filmes que gostaria de ver. Nem um terço, na verdade.  
Um deles era o Discurso do Rei. Já o queria ver há tanto tempo que até já tinha medo que a expectativa me fizesse não gostar do filme. Mas parecia ter tudo o que eu ia gostar - é um filme histórico que, tinha ouvido dizer, tentou ser o mais fiel possível aos acontecimentos que aconteceram na realidade. Resumidamente (até porque de certeza que a maioria de vocês já deve ter visto o filme) a história é sobre o príncipe Albert (futuro George VI) que sofria de gaguez.

 
Não me ocorre nada pior do que ser gago e ter de proferir discursos de grande importância em público. Até porque eu própria gaguejo um bocado com o nervoso e fico ligeiramente constrangida por isso em apresentações de trabalhos, quanto mais se gaguejasse fortemente e tivesse de falar para grandes multidões. Enchi-me de pena do homem.
A história gira em volta do processo de "cura" da gaguez, com a ajuda de um perito (que afinal vai-se a ver não era assim um perito muito qualificado, mas era eficiente e isso é que importa) chamado Lionel Logue. Fui ver à Wikipédia e dizia que muitas das falas foram copiadas dos diários de Lionel Logue. 
 
É uma estranha coisa, a gaguez. Nunca tinha pensado nisso, mas como é dito no filme, ninguém começa a falar a gaguejar. Não sabia da relação com os canhotos que foram obrigados a usar a mão direita (eu sou ambidestra por me terem obrigado quando era pequenina) e, quem sabe, não será isso que explique o meu ligeiro ca ca ca :P
 
Resumindo, foi um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos, e não me desiludiu nadinha! Os atores, na minha modesta opinião de quem não percebe nada do assunto, estão perfeitos. Gosto de filmes com poucos atores, que são simples por se concentrarem em apenas um aspeto e depois se desenvolvem a partir daí, sendo que essa simplicidade é apenas enganadora (e na verdade, são menos caras e nomes para decorar, o que me dá sempre jeito). Gostei muito!
 
 

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